Na manhã desta quinta-feira, 30 de maio, o Congresso dos 70 anos da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) teve sua abertura oficial. O evento reúne religiosos de todas as regiões do país para comemorar sete décadas de Memória, Mística, Profecia e Esperança. Ir. Silvania Aparecida e Frei Clézio Menezes, membros da Diretoria, deram as boas-vindas aos participantes ao som do Hino Oficial do Congresso.
A Presidente da CRB Nacional, Ir. Eliane Cordeiro, discursou para mais de 800 congressistas, declarando oficialmente aberto o congresso. “Parabéns, nossa querida CRB! Na alegria deste encontro e sob o amparo da Mãe Aparecida, declaro aberto o Congresso dos 70 anos da Conferência dos Religiosos do Brasil”, disse Irmã Eliane.
Um dos momentos destaque da cerimônia foi a leitura da mensagem enviada pelo Papa Francisco, realizada pelo Pe. Leonardo da Silva, também membro da Diretoria. O Papa expressou sua gratidão pelo testemunho da Vida Religiosa Consagrada e desejou que o congresso fosse um momento de recordar o passado, viver o presente com carisma e esperança, e confiar no futuro sob a intercessão de Nossa Senhora Aparecida. “Peço a todos que continuem a rezar por mim”, “, concluiu o Papa Francisco em sua mensagem.
A cerimônia de abertura contou com a apresentação de tapetes confeccionados pelas 20 regionais da CRB Nacional, que narraram a história da conferência, retratando a diversidade e a realidade da instituição.
Durante a abertura, foram destacadas as presidências da CRB ao longo dos anos, com ênfase nas mulheres que lideraram a organização. A trajetória de liderança feminina na CRB iniciou-se com Ir. Maris Bolzan, SDS (2001-2007), a primeira mulher a presidir a organização, cujo mandato foi marcado pela leitura da realidade a partir da ótica dos pobres. Ela foi sucedida por Ir. Márian Ambrósio, IDP (2007-2013), que continuou a trajetória de inovação e compromisso social. Em seguida, Ir. Maria Inês Vieira Ribeiro, MAD (2014-2022), liderou com firmeza e dedicação. Atualmente, a presidente Ir. Eliane Cordeiro de Souza, MC, mantém a tradição de liderança feminina na Conferência.
Visão histórica do Tapete do Maranhão
VI O tapete histórico está sendo representado com o mapa do Maranhão em sua visão plena. Por sua vez este mapa se visualiza com o destaque das penas coloridas e as pedras, ressaltando assim a cultura maranhense que integra as festas tradicionais. Cada núcleo que compõe a regional maranhão está representado com uma plaqueta azul, tendo em seu entorno um chapeuzinho de palha, e uma pedra azul, indicado a cultura maranhense e fazendo alusão as cores primarias que identifica a CRB. Portanto a caminhada da Vida Religiosa do Maranhão em sua essência, está representada pelo a gravura do caminho e dos pezinhos que percorre e atravessa todo o mapa em sua dimensão e núcleos inerentes.
Os pezinhos s que passa por cada uma das simbologias pintada, entrelaçam os núcleos em sus realidades até chegar a sede regional em São Luís que está na parte superior do mapa representado por uma árvore de raízes profundas. Muitas vezes são pegadas visualizadas por um azul mais intenso para indicar que nem sempre o caminho é feito de luzes. Em outros momentos as pegadas são douradas fazendo alusão aos momentos de claridade e muitas luzes vivida pela a regional. E ainda em outros momentos o caminhado é linear considerando que cada núcleo vive sua própria realidade.
Cada uma das realidades que a vida religiosa vive dentro deste grande mapa do maranhão está representado com um logo que identifica as pastorais e movimentos onde a vida religiosa também se faz presente de forma influente e envolvida, desafiadora e profética. Muitas vezes o caminho que sai de um núcleo se cruza com o caminho de outros núcleos, dando a conhecer assim a urgência de caminhar juntos para poder partilhar as realidades que na unidade faz parte da mesma vida e opção.
A árvore que representa a vida religiosa está na parte superior e inferior do mapa, dando a conhecer que a mesma, perpassa todo o maranhão de forma relevante, imperecível e constante, mesmo diante de tantas realidades gritantes, confirmando assim, a não superficialidade da história da vida consagrada no maranhão e o quanto são profundas suas raízes. Eminentemente os traços da cultura maranhense se sobressaem através da simbologia do boizinho, do chapeuzinho de palha e do coco babaçu. Ainda no que concerne a vida maranhense enquanto espaço, o coco babaçu e suas palmeiras exuberante e que transmite tanta história, manifestando assim a coerência nessa estrada que se cruza com a caminhada desse povo tão sofrido, reproduzida pelas as imagens das quebradeiras de coco, bem como os peixinhos, representando a riqueza da produção enquanto alimento para esta gente simples mais lutadora.
Tudo isso se transforma na alegria de juntos celebrar a vida, manifestado nos momentos de festejo nas comunidades de base, fazendo assim, memória das CEBs, momento este, tão marcante na história da Igreja e da Vida Religiosa. Nessa história contada através da arte está presente também muitos momentos significativos como o Congresso Bíblico, as Assembleias Regionais, o Grito dos Excluídos e tantos outros momentos que fizeram parte e que nos ajudaram a tecer essa história de serviço e doação.
E por fim, reconhecer que, Deus, criador de todos as coisas nos concede através da história a oportunidade de anunciá-lo e por meio de nosso sim como Igreja e Vida Religiosa, fazer acontecer o seu reino. Com gratidão celebramos o jubileo dos 70 anos da CRB nacional e 54 anos da Regional – Maranhão. Que esse momento fique gravado em nossa história enquanto Vida Consagrada ao serviço do Senhor.